18 de julho de 2022

Então e agora? Passados tantos anos voltamos "à vida". Depois de mais uns concertos, encontros e desencontros posso dizer que ainda por cá andamos. Eu e os Xutos. Novas realidades, novas canções, novos fados, novas histórias. E muitas ficaram por contar neste interregno. Já dizia a canção: "ele há coisas a acabar, mas há tantas a começar...". Sim, porque há SEMPRE uma letra do Tim que faz sentido em cada etapa, desafio ou vivência em cada um de nós. Até parece que ele está a cantar e a exprimir exatamente aquilo que pensamos. Aquilo que ele diz adequa-se na perfeição a cada um de nós. Pois... isso é a essência dos Xutos. Já alguém dizia que eles falam dos problemas, dos amores e desamores dos jovens na sua mesma linguagem.

Agora está aí numa nova realidade. Seremos SEMPRE Xutos. Na verdade, um pouco menos. E na palavra e opinião de muitos, muito menos. O lado esquerdo do palco está pobre. Falta tudo. E mesmo para aqueles que há muitos anos falavam do alto das suas sabedorias e convicções que aquela guitarra tinha pouca expressão, desafio-vos a assistir hoje a um concerto. Vão-se aperceber que não é só a presença que lá faz falta. É também a guitarra, os gestos, os passos, os sorrisos, a alegria, o caminhar desde a esquerda até à direita e depois até ao centro e lá atrás a cumprimentar o Kalú, e tudo isto enquanto faz uns ritmos "esquisitos" que só quem não percebe pode ficar indiferente.

Faz-nos falta "A ALMA". Porque há mesmo pessoas insubstituíveis.